Assinala-se esta quinta-feira [26.09.2024], o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, cujo fito é alertar para a necessidade do desarmamento nuclear a nível global. Proclamada pela Resolução 73/40 adoptada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 5 de Dezembro de 2018, a data procura consciencializar os líderes mundiais sobre a importância do desarmamento nuclear, um dos mais antigos objectivos da Organização das Nações Unidas.
Cientes dos prejuízos económicos e sociais que a proliferação desta arma implica a nível mundial, este dia alerta, ainda, para a ameaça à paz e segurança que a utilização de meios nucleares representa. Além disso, a data é um claro lembrete sobre a necessidade de proibir a produção, aquisição, teste, armazenamento, transferência, uso ou ameaça de uso, bem como garantir a destruição de armamento nuclear, informando sobre os perigos das armas nucleares e, consequentemente, sobre as vantagens da eliminação total destas armas
No início de 2024, nove Estados possuíam, no seu conjunto, 12 121 armas nucleares. No entanto, desde o fim da Guerra Fria nenhuma arma foi destruída ao abrigo de um tratado. Muito progresso tem sido feito para reduzir os seus perigos, mas as relações entre Estados com armas nucleares estão repletas de desconfiança e a corrida qualitativa ao armamento nuclear é bem notória.
Com a expiração do histórico Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio – ou INF, o mundo perdeu um travão indispensável na guerra nuclear. Os Estados Unidos e a Rússia são convidados a estender o chamado acordo “Novo Começo” para garantir estabilidade e tempo para negociar medidas futuras de controlo de armas. Considerando a actual conjuntura internacional caracterizada por graves ameaças à paz e à segurança, impõe-se sensibilizar a sociedade para o perigo do armamento nuclear, contribuindo, em alternativa, para que seja criado um mundo melhor e livre de armas nucleares.